Perdi alguns minutos hoje comparando o português e a capacidade de síntese de Serra e Dilma no Twitter. É gritante a diferença entre ambos. Raro o tweet de Dilma que não tenha abreviações - algumas indevidas, como “vc” (coisa de adolescente que não lê nada que não seja conversa de MSN) -, vírgulas sem propósito - se ela errasse menos nas vírgulas, não precisaria criar abreviações - e uma completa falta de propriedade sobre qualquer assunto tratado, inclusive sua própria campanha eleitoral.
Outro dia, ela disse que ganhara o livro "As brasas", do húngaro Sandór Márai. Não comentou nada a respeito. Ou não leu ou começou a ler e foi fazer esteira ou desistiu logo de cara. É um livro denso, impróprio para um neurônio solitário como o dela.
Serra, por sua vez, demonstra traquejo no uso da mídia social. É bem humorado, comunicativo, diversifica os assuntos, fala com propriedade - ainda que o meio (Twitter) seja superficial - sobre cinema, música e literatura e abre brechas para que vejamos a pessoa por trás do arquétipo político.
Mas na rádio ele não tem – ou não teve – desempenho melhor que a candidata de Lula. Enquanto esta perde-se em números que seu neurônio solitário não consegue decorar, Serra, ao ser questionado pela jornalista Miriam Leitão, na CBN, a respeito da autonomia no Banco Central (se ela seria mantida ou não, já que ele tem fama de centralizador), reagiu com uma ira típica da Dilma em tempos anteriores à pré-candidatura.
A jornalista fez uma questão que interessa a todos que sabem da existência do Banco Central - cerca de 0,2333% da população brasileira. Não cabe a ele julgar se essa é uma boa pergunta ou não. Cabe a ele, como candidato ao mais alto posto do país, respondê-la - e com delicadeza.
Tampouco cabe a um pretende do maior cargo do Executivo dizer que não raciocina bem de manhã, que sofre de mau humor nesse período do dia. Presidente da República não tem horário de expediente. Os problemas não têm horário para começar ou acabar.
Portando-se daquela maneira com a jornalista, Serra, além da dúvida a respeito de qual será sua postura frente ao BC, deixou a seguinte questão: é falso ou destemperado?
Outro dia, ela disse que ganhara o livro "As brasas", do húngaro Sandór Márai. Não comentou nada a respeito. Ou não leu ou começou a ler e foi fazer esteira ou desistiu logo de cara. É um livro denso, impróprio para um neurônio solitário como o dela.
Serra, por sua vez, demonstra traquejo no uso da mídia social. É bem humorado, comunicativo, diversifica os assuntos, fala com propriedade - ainda que o meio (Twitter) seja superficial - sobre cinema, música e literatura e abre brechas para que vejamos a pessoa por trás do arquétipo político.
Mas na rádio ele não tem – ou não teve – desempenho melhor que a candidata de Lula. Enquanto esta perde-se em números que seu neurônio solitário não consegue decorar, Serra, ao ser questionado pela jornalista Miriam Leitão, na CBN, a respeito da autonomia no Banco Central (se ela seria mantida ou não, já que ele tem fama de centralizador), reagiu com uma ira típica da Dilma em tempos anteriores à pré-candidatura.
A jornalista fez uma questão que interessa a todos que sabem da existência do Banco Central - cerca de 0,2333% da população brasileira. Não cabe a ele julgar se essa é uma boa pergunta ou não. Cabe a ele, como candidato ao mais alto posto do país, respondê-la - e com delicadeza.
Tampouco cabe a um pretende do maior cargo do Executivo dizer que não raciocina bem de manhã, que sofre de mau humor nesse período do dia. Presidente da República não tem horário de expediente. Os problemas não têm horário para começar ou acabar.
Portando-se daquela maneira com a jornalista, Serra, além da dúvida a respeito de qual será sua postura frente ao BC, deixou a seguinte questão: é falso ou destemperado?