"O texto jornalístico deveria ser sempre literário".
Foi isso que disse um dos jornalistas considerado pioneiro na literariedade do ofício jornalístico. Claro, aqueles que o consideram assim não conheceram a obra de Euclides da Cunha e João do Rio que, no Brasil, uniram jornalismo e literatura muito tempo antes.
Isso, porém, não tira a qualidade literária do autor de "O Reino e o Poder", que conta a história e os bastidores do jornal The New York Times, "A Mulher do Próximo", sobre as mudanças dos Estados Unidos após a revolução sexual, e "Vida de Escritor", seu último livro, em que narra fatos e apresenta textos de sua carreira como jornalista literário. (os títulos estão devidamente traduzidos para este editorial.)
Ele esteve no Brasil recentemente. Teve de trocar de quarto, na pousada em que se hospedou em Paraty, para a FLIP, porque no armário não cabiam os ternos feitos sob medida para ele. Gay Talese (na foto ao lado). O homem mais elegante da FLIP. O homem da segunda melhor palestra da FLIP. O homem que considera a imprensa contemporânea problemática demais para ainda discutirmos sobre a internet.
Ah, a internet. Sempre ela. Seria ela a grande vilã da imprensa? Eu não abro mão do jornal impresso e outros artigos da "velha mídia" (não entendo o porquê de tanta maldade; criar um termo desses...). E não abro mão de depurar meu texto. Por isso, aqui estou. Num novo blog. Na internet. Mas não para falar sobre ela. Para depurar meu texto. E me comunicar.
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